quinta-feira, 21 de julho de 2011

Um prefeito por consenso


Prezados conterrâneos,

A partir de hoje por intermédio deste blog pretendemos trocas idéias sobre o desenvolvimento da nossa cidade visando às próximas eleições municipais. Neste sentido começo com uma proposta diferente, onde peço a opinião de todos, cujo o objetivo principal é melhorar a terra em que vivemos.

A idéia de um prefeito por consenso surge após análise do nosso histórico recente econômico, social e político em que vive o município. Em nenhum destes itens estamos bem.

Do ponto de vista econômico, sempre jogamos todas as nossas fichas na vinda do asfalto, ele veio, e continuamos no mesmo, exportando jovens para outras regiões, continuamos produzindo uvas, maçãs, melancia, arroz, gado, madeira, fumo entre outros e mandando tudo in-natura para outras regiões. Lá são industrializados, produzindo valor agregado e geração de emprego e renda de boa qualidade.

Do ponto vista social temos enormes carências como: um elevado número de analfabetos, falta de infraestrutura para a prática de esportes de todas as modalidades, ruas sem calçamento e o esgoto que ainda corre a céu aberto em muitos lugares.

Do ponto de vista político não precisamos nem falar, as últimas eleições para nós foram o reflexo de todo um processo histórico que em nada tem ajudado o nosso desenvolvimento, pelo contrário, achamos que ele é o principal responsável por nos encontrarmos nesta situação. O último pleito municipal denegriu a imagem do município por todo o Estado, e sobre udo trouxe um enorme desgaste pessoal e moral para os candidatos, suas famílias, seus amigos e vizinhos com brigas que geraram inimizades desnecessárias que não contribuem em nada para o bom convívio de uma comunidade, ainda mais pequena como a nossa.

Sugiro que os partidos continuem tentando fortalecer suas siglas sim, que ocupem os espaços vagos sim, mas acima de tudo, é necessário que todos tenham a grandeza de sentarem à mesma mesa despidos de qualquer soberba e vaidade pessoal, cobertas pelo manto do bom senso e da humildade, pensando em construir um novo caminho para a cidade que resulte em fortalecimento da maquina pública, aumento da renda do município e empregos de melhor qualidade para ai sim atender as demandas da comunidade com eficiência. Vocês devem estar dizendo o Pedro Paulo é louco, está sonhando, isto jamais acontecerá, imagine fulano e beltrano sentados à mesma mesa, não tem como, esta idéia não vai se criar, eu entendo, mas em parte, POIS SE PENSARMOS E AGIRMOS HOJE COMO PENSAMOS E AGIMOS NO PASSADO, TEMOS GRANDES CHANCES DE OBTERMOS OS MESMOS RESULTADOS E COMETERMOS OS MESMOS ERROS, portanto, se a idéia é tentar construir uma melhor cidade precisamos de novas idéias, novos desafios com novas praticas.

Vocês também devem estar pensando se esta idéia vingar, qual será o candidato e de que partido? Na nossa modesta linha de raciocínio entendemos que devemos criar alguns critérios mínimos para a escolha do melhor nome, não importando de qual sigla ele seja e nem o tamanho que ela tenha, afinal, em todas as agremiações políticas como em qualquer organização temos ótimos e maus quadros.

Entendemos que definido os critérios para que o novo mandatário ocupe o cargo máximo de nossa cidade o nome é uma conseqüência. Entre os critérios que deverão ser elaborados pelos partidos e pelas forças vivas da sociedade devem estar: boa capacidade de articulação política, boa conduta pessoal, boa qualificação, profundo conhecimento dos problemas do município e também boa noção do que seja um planejamento estratégico de desenvolvimento de médio e longo prazo para o município entre outros tantos que vão surgir depois da primeira conversa.

Aquele período que se faz campanha, em torno de 70 dias antes da eleição, podemos usar para fazermos um grande movimento, tipo o da eleição, só que em torno do desenvolvimento do município, com debates, plenárias, envolvendo as forças vivas da sociedade contratando inclusive profissionais qualificados, ex-prefeitos que tem ou tiveram êxito no exercício de seus mandatos para que nos passem suas experiências.

É importante salientar que na última eleição foram gastos em torno de R$ 750 mil, em não tendo eleição poderíamos usar 5% deste dinheiro para pagarmos estes competentes profissionais.

Convém ressaltar que nas últimas eleições municipais, 145 municípios brasileiros fizeram consenso, só aqui no Rio Grande do Sul foram 31, portanto nossa idéia não é absurda, basta nós políticos aceitarmos.

Pedro Paulo Soares, Administrador de Empresas e Presidente do PTB local.